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A fatura da água atualizada chegou em março e surpreendeu os munícipes de Faro. Os valores eram muito superiores ao aprovado, e tanto o PS como o Bloco de Esquerda já vieram "a terreiro" denunciar a situação. Numa conferência de imprensa, o Partido Socialista local considerou este aumento um "saque".
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O PS lembra que, na sequência de uma pandemia, da guerra da Ucrânia, e ainda no contexto inflacionário, "qualquer proposta que onere e sobrecarregue os orçamentos familiares revela-se tremendamente injusta e penosa".
Adérito Silva, presidente do PS de Faro, sublinha que, em média, a subida do custo da fatura ronda os 25%, mas há casos em que ela é muito superior e assinala que a empresa Faro, Gestão de Águas e Resíduos (FAGAR) é detida em 51% pela câmara municipal de Faro.
Ouça a reportagem da TSF.
A autarquia, considera o PS, não pode aprovar um aumento de 6% e depois desresponsabilizar-se quando se verifica que ele é muito superior. "O bom senso dita que a câmara municipal esteja na defesa das condições de vida de quem representa, e que deveria ser isenta de qualquer interesse ou estrutura empresarial privada", acrescentam os socialistas.
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O PS lembra que, em julho do ano passado, a FAGAR pediu um parecer à Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), e esta afirmou que considerava "excessivos" os valores no que diz respeito ao saneamento, e que eles deviam ser reconsiderados.
Os socialistas vão pedir de imediato a realização de uma assembleia extraordinária para debater a questão, mas não rejeitam outras possibilidades.
"Estão a decorrer abaixo-assinados e iremos estar ao lado das pessoas, mobilizar ou enquadrar uma mobilização geral no concelho para tentar reverter esta situação", afirma Adérito Silva.