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O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, não ficou surpreendido ao ver Mourato Nunes, presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, ser constituído arguido na investigação ao negócio das golas antifumo e considera que a decisão peca por ser tardia.
"Não é surpresa nenhuma. Surpresa é não ter sido logo também constituído arguido porque o poder político decide, efetivamente, aceitar as propostas que são feitas por quem tem responsabilidade operacional. (...) Se entende que tem condições para continuar, continuará. Se entende que, efetivamente, é o responsável - e na minha opinião é, de facto, o responsável primeiro em todo este processo -, só tem um caminho a seguir", explicou à TSF Jaime Marta Soares.
Jaime Marta Soares disse à TSF só ter ficado surpreendido por Mourato Nunes não ter sido constituído arguido logo quando se soube do problema das golas
Recorde-se que, esta quinta-feira, soube-se que Mourato Nunes foi constituído arguido na investigação ao negócio das golas antifumo, o mesmo processo onde também já é arguido José Artur Neves, que na quarta-feira pediu demissão do cargo de secretário de Estado da Proteção Civil. A informação está a ser avançada pela agência Lusa, que cita uma fonte ligada ao processo.
Na quarta-feira, duas centenas de inspetores da Polícia Judiciária estiveram envolvidos em buscas na investigação ao caso que ficou conhecido como sendo das golas antifumo. Golas essas que foram distribuídas à população no âmbito do programa "Aldeia Segura".
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