Provas de aferição com melhores resultados, mas 2.º ano com pior desempenho na oralidade

Houve uma clara melhoria nomeadamente por parte dos alunos do 8.º ano de escolaridade. No entanto, apenas 41% dos alunos do 2.º ano responderam corretamente ou com pequenas dificuldade às questões que testavam a oralidade.

Os resultados nas provas de aferição dos alunos do ensino básico deste ano mostraram uma clara melhoria de desempenho relativamente a 2019, nomeadamente no 8.º ano de escolaridade, com subidas em todos os domínios testados e que podem ser comparados. Já no 2.º ano de escolaridade, o cenário é pior: o desempenho oral dos alunos, medido pela capacidade de interpretar um texto que lhes é dado a ouvir, caiu para metade.

Os dados são revelados esta quarta-feira pelo jornal Público. Apenas 41% dos alunos do 2.º ano responderam corretamente ou com pequenas dificuldade às questões que testavam a oralidade. Em 2019, tinham sido 83,8%, em 2018 cerca de 70% e em 2016, 55%, o pior até agora, mas ainda assim melhor do que em 2022.

A oralidade da prova de português foi uma das componentes cujos resultados pioraram entre o antes e o depois da pandemia de Covid-19. Ainda nas provas de 2.º ano, mas desta vez na matemática piorou ligeiramente a capacidade de organização e tratamento de dados.

Nas provas de ciências e matemática do 5.º ano houve uma degradação dos resultados de álgebra e de materiais terrestres.

No 8º ano todas as matérias incluídas nas provas de aferição tiveram melhores resultados.

Estes dados são preliminares, uma vez que o relatório final ainda está a ser concluído. As provas de aferição não contam para a nota, mas são consideradas pelo Ministério da Educação como um instrumento essencial para medir as aprendizagens.

Ao jornal Público, o Ministério tutelado por João Costa refere que esta "descida significativa" deve ter em conta estes dados, que revelam oscilações grandes.

De acordo com o Ministério da Educação, o Instituto de Avaliação Educacional vai fazer uma "análise específica dos itens em causa, a natureza do registo áudio usado e a tipologia de questões que foi selecionada para a prova".

O ministro da Educação, João Costa, avança ao Público que estes resultados estão a ser avaliados no âmbito do Plano de Recuperação de Aprendizagens.

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