"Quase todos os equipamentos estragados." Restaurantes em Alcântara temem não reabrir após cheias

A TSF esteve num restaurante que teme não conseguir voltar a ter condições de receber clientes.

A água entrou neste restaurante de Alcântara sem pedir licença e chegou a atingir a cintura de Sónia, uma das funcionárias, que mede 1,65 metros. O fogão foi um dos equipamentos que ficou completamente coberto de água e dificilmente voltará a funcionar, como quase todos os equipamentos da cozinha.

"Depois temos aqui também a máquina de lavar, o microondas e as fritadeiras, cuja base apanhou água. Quase todos os equipamentos da cozinha, fora o restante material que foi estragado", contou Sónia à TSF.

Ainda não fazem ideia de qual será o valor dos prejuízos, mas como abriram portas recentemente e o investimento inicial foi elevado, temem não conseguir voltar a receber clientes.

"É um rombo acrescido porque como estamos abertos há pouco tempo foi necessário fazer um investimento para abrir o espaço. Logo aí já tínhamos o prejuízo. Com esta situação vai tornar-se mais complicado, vamos ver como conseguimos manter isto aberto", confessa a funcionária.

Com a chegada do final do dia, sem eletricidade nem luz natural, as limpezas têm de ficar adiadas para o dia seguinte. A lanterna dos telemóveis não chega para identificar os estragos.

"A cozinha fica num espaço onde praticamente não temos acesso à luz. Ali nem foi possível fazer limpezas, foi só ver o que estava estragado. Sem eletricidade não conseguimos mesmo perceber o que está a funcionar e o que não está. Sem eletricidade não vai ser mesmo possível. É aguardar pelo dia de amanhã, que vai ser mais um dia de prejuízo porque hoje não conseguimos deixar mesmo limpo e a cozinha não foi limpa, terá de ser amanhã. Sem a cozinha limpa, como é óbvio, é impossível", acrescentou.

Dono de loja de eletrodomésticos desesperado com danos

Na rua Fradesso da Silveira, bem no centro de Alcântara, há uma loja de eletrodomésticos que também ficou com todos os equipamentos estragados. O proprietário, José Costa, contou à TSF que ficou desesperado quando chegou à loja esta terça-feira e viu os produtos inundados.

"Estava tudo completamente deitado no chão, cheio de lama, nem consegui abrir a porta. Tive de pedir ajuda a um senhor da junta que estava aí fora. Conseguiu empurrar as coisas para entrar e depois ajudaram-me, mas claro que estava tudo destruído", contou José Costa.

A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira causou mais de 3000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.

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