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António Costa anunciou esta quinta-feira novas medidas para o combate à pandemia. Se para entrar nos restaurantes basta apresentar o certificado digital de vacinação ou recuperação, no caso dos bares e discotecas, que só vão abrir a partir do dia 14 de janeiro, será necessário apresentar um teste negativo.
Mas, de acordo com o presidente da Associação de Discotecas Nacional, José Gouveia, o principal problema não é esse, mas a falta de ajudas para o setor. Ainda assim, aponta o dedo às regras.
"Que apoios estão previstos? Não foi falado. O segundo ponto tem a ver com os testes. Os testes à porta sim, mas no Natal nós abrimos a porta para a testagem nos restaurantes com autoteste. Não vemos razão para que agora nas discotecas não se aplique o mesmo método e que se permita agora que os autotestes sejam utilizados no controle de entradas na porta das discotecas", refere José Gouveia.
José Gouveia pede apoios para as discotecas
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No caso dos restaurantes, o problema também não será a exigência do certificado digital.
"A questão do teste ou do certificado digital, neste momento todos os portugueses estão familiarizados com essa questão e naturalmente não será isso que os vai impedir de frequentar os espaços de restauração. O que é realmente crítico é a manutenção do teletrabalho obrigatório até ao dia 14 de janeiro. Isso sim, irá continuar, no fundo, a provocar perdas elevadas nos restaurantes e vamos assistir a restaurantes vazios até essa data, alerta Daniel Serra, da Associação Nacional de Restaurantes.
Os restaurantes pedem o fim do teletrabalho para atenuar as perdas da pandemia
De acordo com o anúncio feito pelo primeiro-ministro no final do Conselho de Ministros desta quinta-feira, será necessário apresentar certificado digital para aceder a restaurantes e estabelecimentos hoteleiros, bem como para espetáculos culturais, eventos com lugares marcados e ginásios.

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Por outro lado, para quem tem a dose de reforço da vacina há mais de 14 dias, é preciso apresentar teste negativo para entrar em bares e discotecas, visitar lares e estabelecimentos de saúde, entrar em grandes eventos sem lugares marcados e ter acesso a eventos desportivos. O teste negativo também é exigido a quem chegue a Portugal.