"Quem se portou mal deve ser punido." Sindicato da PSP atento a racismo nas redes sociais

Agentes da PSP e militares da GNR no ativo terão partilhado publicações com teor racista, xenófobo e discriminatório nas redes sociais.

Os polícias envolvidos em grupos nas redes sociais onde são difundidas mensagens de teor racista racistas e xenófobo e discriminatório não são representativos das forças de segurança, garante o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP).

Em declarações à TSF, Paulo Santos diz que este tipo de comportamentos deve ser punido, mas lembra que este "é um problema estrutural da sociedade portuguesa, não é um problema exclusivo da PSP".

"Relativamente a ser um número de elementos considerável que põe em causa aquilo que são os problemas da polícia, não me parece que seja uma realidade", considera.

Paulo Santos sublinha que a ASPP/PSP defende há muito mais atenção para questões como o racismo e outros comportamentos incompatíveis com o exercício das funções de polícia e promete agir em conformidade após concluídas as investigações pedidas pelo ministro da Administração Interna.

"Aguardaremos aquilo que vai ser o resultado final e quem se portou mal deve ser punido (...) o problema do racismo, xenofobia, destes comportamentos não adequados e criticáveis do ponto de vista daquilo que deve ser a missão de um polícia já há muito tempo temos dizendo que estas questões deviam ser monitorizadas e devem ser punidas."

Por outro lado, o presidente da ASPP estranha o contexto em que foi divulgada a reportagem de um consórcio de jornalistas portugueses sobre publicações discriminatórias atribuídas às forças de seguranças, numa altura em que está marcada uma greve para este mês.

"Achamos estranho a forma como esta peça jornalística foi montada e também o seu propósito e o seu contexto" numa altura em que os polícias se encontram "a discutir tabelas moratórias e no momento em que temos também agendada uma manifestação para dia 24 de novembro".

Paulo Santos estranha ainda a existência de uma lista com nomes de elementos, de dirigentes da associação, que não terão proferido quaisquer comentários de ódio, apesar de pertencerem a grupos fechados onde esse tipo de mensagens é partilhado.

Em causa está uma reportagem da responsabilidade de um consórcio de jornalistas divulgada na quarta-feira na qual foram mostrados conteúdos e frases de conteúdo discriminatório, xenófobo e racista publicadas em grupos de redes sociais, atribuídos a elementos da PSP e da GNR no ativo, um caso que já levou a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a anunciar a abertura de um inquérito.

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