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Um relatório da Assembleia da República conclui que as comunidades ciganas e de afrodescendentes deveriam estar representadas nos partidos políticos e no Parlamento e que as forças de segurança deveriam recrutar agentes nestas mesmas comunidades.
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Estas são duas das medidas de combate ao racismo que fazem parte de um relatório que é apresentado esta terça-feira e que resulta de cinco meses de trabalho no terreno e audições. À TSF, a deputada do PS Catarina Marcelino explica a situação é particularmente complexa ao nível da habitação.
"O lado mais negro deste trabalho é sermos confrontados, no terreno, com a falta de oportunidades. A questão da habitação, sobretudo das comunidades ciganas - também em algumas comunidades afrodescendentes - no interior do país, que vivem nos chamados acampamentos, bairros de barracas", explica a deputada. Nestes casos há "muita miséria, muita pobreza e muita exclusão", acrescenta.
Citando a secretaria de Estado da Habitação, Catarina Marcelino cifra em 26 mil o número de famílias em Portugal que vivem em "situação indigna" e garante que "até 2024 haverá uma solução para estas pessoas.
Nestes casos, o relatório propõe que sejam criados mecanismos jurídicos de apoio ao arrendamento para estas pessoas, um passo que a deputada diz ser importante. Por isso mesmo, defende, deve ser dado pelos próprios partidos políticos.
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"Precisamos da voz e contributo destas pessoas para a construção de Portugal e da política portuguesa. Escolheria ter pessoas destas minorias étnico-raciais com presença no Parlamento e nas autarquias, a fazerem parte da vida política. Em segundo lugar, escolheria o levantamento de informação e a recolha de dados. Sem informação concreta não é possível agir", alerta.