Reportagem TSF em Alcântara. Sacos de areia e avisos da PSP na preparação para uma noite de chuva
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Reportagem TSF em Alcântara. Sacos de areia e avisos da PSP na preparação para uma noite de chuva

Em Alcântara, Lisboa, a tarde foi de preparações para tentar que, desta vez, a água das chuvas que se esperam esta noite e madrugada não provoque tantos estragos como os das últimas vezes.

Como "medida mitigadora", nas palavras do presidente da junta da freguesia de Alcântara, Davide Amado, foram distribuídos sacos de areia pelos espaços comerciais e casas das zonas mais afetadas pelas últimas intempéries.

São "cerca de 200" os sacos de areia distribuídos com a intenção de "mitigar o fenómeno", mesmo que não o resolvam.

Nas ruas, a PSP colocou pequenos cartões nos carros estacionados naquela zona para avisar que, por serem ali esperadas inundações, os condutores são aconselhados a não estacionar.

Em casa inundada, sacos de areia à porta

Na rua Rodrigues de Faria, Heloísa, responsável por um dos espaços de refeições, foi aconselhada pela polícia e pela junta de freguesia a fechar mais cedo.

"Estamos na zona mais baixa e nas últimas cheias perdemos tudo, portanto vamos fechar agora para podermos bloquear as portas". Esse bloqueio vai ser feito com os "três meios sacos de areia" que a junta de freguesia distribuiu "a cada rés do chão", mas a estes juntam-se outros "de doação" e ainda outros que foram comprados pelos responsáveis por este espaço.

Muitos dos equipamentos estragados na última semana ficaram estragados e não foram substituídos. Questionada pela TSF sobre essa opção, a responsável pelo pequeno restaurante explica que não o fez porque já sabe que corre o risco de perder tudo de novo.

Por agora, pede um passo em frente: quer que "a câmara, a junta e os proprietários" se reúnam para discutir "a realidade da rua". Acima de tudo, argumenta, é precisa tomar "medidas preventivas".

"Uma barreira em sacos de areia, um muro mesmo"

No largo das Fontaínhas, António, dono de um restaurante, defende medidas "mais drásticas", mas também maior responsabilidade por parte da junta de freguesia para que uma rua não se torne "num mar".

"Defendi que ao fundo da rua, porque a água vem de baixo para cima, que se fizesse uma barreira em sacos de areia - um muro mesmo - que não deixasse a água passar", explica à TSF, admitindo até o encerramento ao trânsito e à circulação.

Do lado da junta, António ouviu que "não podem fechar a rua porque têm de pedir autorização à Proteção Civil", o que o leva a criticar que o país ande "a mando" desta autoridade.

"É muito complicado", lamenta, embora reconheça que a junta de freguesia "tem dado apoio no que é possível e às vezes até no que é impossível". Ainda assim, o apoio não apaga as críticas de António: "Acho que havia de haver uma mão mais forte, não se tolera isto acontecer todos os dias."

Lisboa é um dos oito distritos sob alerta laranja da Proteção Civil devido à chuva forte, vento e trovoada que se espera a partir das 21h00 e até às 9h00 desta terça-feira. A mesma autoridade admite a possibilidade de novas inundações em zonas urbanas do Litoral Norte e Centro, bem como na Área Metropolitana de Lisboa.

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