Ricardo Leão responde a Moedas sobre JMJ: "Não é Lisboa que vai coordenar a parte de Loures"

O autarca de Loures relembra que "há um memorando onde todos tiveram acesso ao que cada um vai fazer" e diz que quem coordena a parte de Loures é ele próprio. À TSF, Ricardo Leão afirma ainda que há margem para fazer cortes de custos.

Depois de Carlos Moedas dizer que assume a liderança da construção do que for necessário para realizar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Ricardo Leão garante que, em Loures, quem manda é ele. O autarca afirma que há um memorando, a que todos tiveram acesso, e, em Loures, é o autarca quem coordena a JMJ e não Carlos Moedas.

"O que vai na alma do comentário do presidente da câmara Carlos Moedas, ele melhor responderá. Há um memorando onde todos tiveram acesso ao que é que cada um vai fazer. A partir de novembro de 2022, eu soube o que eu tinha de fazer no concelho de Loures. E aí sou eu que coordeno essa parte, não é Lisboa que vai coordenar a parte de Loures, mas compreendo a posição que Carlos Moedas tomou", explica à TSF Ricardo Leão, sublinhando que vai continuar "a fazer aquilo que estava a fazer até agora".

"Eu tenho-me entendido quer com a Igreja, quer com o coordenador Sá Fernandes, quer com o Governo e com o próprio Carlos Moedas", garante.

Ricardo Leão concorda com a redução de custos e diz que há margem para fazer cortes. "O que temos da responsabilidade de Loures foi por indicação, quer do coordenador José Sá Fernandes, quer da própria Igreja. Nós temos uma parte considerável (de nove a dez milhões de euros) para infraestruturar todo aquele espaço, que é um investimento que eu considero que é bem-vindo porque vai transformar uma nova frente ribeirinha, é algo que fica. E depois temos alugueres de tendas e de baias", adianta.

O autarca de Loures refere que há ainda "outros custos importantes: uma ponte militar, que ainda ninguém falou, que vai ligar uma parte à outra, e que vai ter um custo de 700 mil euros a dividir entre Lisboa e Loures, ponte essa que vai ser só usada para a JMJ. Se também quiserem poupar nessa ponte e acharem que não é necessária, logo aí poupo 350 mil euros".

Na segunda-feira, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa disse que pediu a revisão dos preços e dos projetos da JMJ e que, a partir de agora, vai coordenar "tudo diretamente".

"Eu pedi ainda hoje a todos que olhem novamente para os preços, que olhem novamente para todos os projetos", afirmou Carlos Moedas, à entrada para a Conferência "Poder local, PRR e Descentralização" em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.

A Jornada Mundial da Juventude, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 01 e 06 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de