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Rui Rio defende que não existem condições para festejar os Santos Populares nas ruas e acrescenta que a justificação da importância dos festejos para a economia é insuficiente, já que a prioridade deve ser o combate à pandemia e o regresso à normalidade.
"Infelizmente, não há condições para festejar os santos populares nos termos a que todos estamos habituados desde pequeninos e sabemos como é, porque são aglomerados e aglomerados de pessoas. Mais vale fazermos o sacrifício neste momento de não termos o Santo António e de não termos o São João e conseguirmos segurar a pandemia do que numa noite estragarmos tudo o que temos vindo a conseguir", sustenta, durante a visita ao centro de acolhimento de Monsanto da Ajuda de Berço, em Lisboa.
Para o líder do PSD, o argumento da faturação de vários negócios nas noites de Santos Populares não cola já que "a ajuda à economia é conseguir que possamos entrar na normalidade o mais depressa possível e não é a faturação em 24 ou 48 horas".
Já Carlos Moedas, candidato à Câmara Municipal de Lisboa pelo PSD, preferia que Fernando Medina tivesse planeado os Santos Populares de modo a permitir "algum tipo de festejo" aos lisboetas: "Eu, como presidente da Câmara, teria pensado com muita antecedência como é que tinha zonas de entrada com testagem, como é que fazia essa testagem, como é que fazia os certificados de vacinação e isso não está a acontecer."
Ainda no rescaldo da final da Liga dos Campeões em Portugal, Rui Rio assegura que, se fosse primeiro-ministro não teria permitido, público nas bancadas.
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O líder do PSD explica que tomaria essa decisão "não por uma questão de equidade, mas por uma questão de lógica".
"Se eu estou a dizer que os jogos de futebol não podem ter ninguém, os jogos de futebol não podem ter ninguém, independentemente de serem da primeira divisão, da segunda divisão ou internacionais, porque o objetivo é um objetivo de caráter sanitário e de defesa das populações", defende.
Depois de ouvir, na segunda-feira, as explicações de António Costa a propósito deste evento, o líder do PSD considera que o Governo continua sem perceber o que se passou.
"Para já, demorou não sei quanto tempo a dar a resposta e depois veio uma resposta mitigada a dizer 'nem tudo foi bem, mas uma parte foi bem'. O secretário de Estado do Desporto disse que a coisa correu muito bem. Eu diria: o que é que faria se corresse mal?", remata.

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