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Face às críticas das últimas horas, João Rodrigues não teve dúvidas sobre qual era a decisão mais acertada. Os indicadores IGV, os abortos voluntários, e as DST, as doenças sexualmente transmissíveis, já não vão integrar a lista de indicadores de avaliação dos médicos de família.
O médico reconhece que, do ponto de vista social, os indicadores apresentados são "maus indicadores". Mas, ouvido pela TSF, o coordenador para a reforma dos cuidados de saúde primários consegue ver o lado bom da questão: trata-se de bons indicadores para "impulsionar resultados".
"Há que ter a humildade de reconhecer que, socialmente, não estamos preparados para ter estes indicadores", admite o médico. Por isso, no seio do grupo de trabalho, a decisão foi tomada por unanimidade. Apesar do retrocesso, o trabalho dos próximos tempos tem um linha orientadora já traçada. Há que levar a cabo uma "estratégia de diálogo, construtiva que permita encontrar alternativas que não tenham um resultado contrário ao que queremos, que é melhorar o planeamento familiar, seja do homem ou da mulher".
Por agora, a decisão está tomada, mas o médico não descarta que no futuro os indicadores possam ser apresentados tal e qual como constavam da proposta que tantas críticas gerou. "Se não são critérios de 2022, provavelmente serão indicadores para 2032", termina João Rodrigues.
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