Segundo reforço não seria quarta dose, mas "já seria uma vacina mais ajustada à Ómicron"

O bastonário da Ordem dos Médicos refere que ainda não há evidência científica que garanta que a Ómicron obrigue a uma "quarta dose" da vacina, mas acredita que António Costa faz bem em colocar essa possibilidade em cima da mesa.

Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, acredita que o primeiro-ministro agiu bem, ao antecipar a possibilidade de ter de se garantir um segundo reforço da vacina, caso a gravidade da variante Ómicron venha a criar essa necessidade, mas também defende que ainda não há pareceres científicos suficientes sobre a matéria.

António Costa revelou que Portugal já apresentou um pedido de compra conjunta de uma nova vacina contra a Covid-19 adaptada à variante Ómicron, para o caso de ser necessária uma quarta dose. No Fórum TSF, o bastonário da Ordem dos Médicos comentou as declarações do primeiro-ministro. Miguel Guimarães afirma que António Costa avançou dados sem ter ainda uma base científica. Ainda assim, o líder do Governo faz bem, sublinha, em antecipar um cenário mais complicado por causa da Ómicron, mesmo que não venha a concretizar-se.

"Positivo é o aspeto, de facto, de antecipar, isto é, de estar preparado; no caso de ser necessário fazer vacinação das pessoas novamente - não seria propriamente uma quarta dose, já seria uma vacina mais ajustada à Ómicron -, termos essa possibilidade", refere o representante da Ordem dos Médicos.

O aspeto que Miguel Guimarães destaca como menos positivo é "estarmos a falar destas coisas desta forma sem ter dados que sejam, de facto, seguros relativamente à Ómicron".

"Portugal e os outros Estados têm de ter um controlo muito grande sobre esta matéria, isto é, têm de acompanhar, através dos seus próprios cientistas, o que está a acontecer e perceber se é necessário mesmo uma vacina para esta nova variante, admite o bastonário.

Quanto à vacinação de crianças, o representante da Ordem dos Médicos vinca que é necessário acelerar este processo, mas que as crianças não são a prioridade. "A população mais velha é, de longe, a mais frágil. Não estou a dizer que as crianças não devam ser vacinadas. Com certeza que sim, os técnicos decidiram assim, têm indicação, está a acontecer nos vários países, mas não é a emergência neste momento. O que é mais urgente neste momento é vacinar as pessoas que são mais frágeis e que podem morrer em consequência da infeção."

Por causa da nova variante da Covid-19, a Ómicron, o controlo nas fronteiras portuguesas deverá manter-se após 9 de janeiro. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, que assumiu ainda que, em caso de necessidade, haverá um reforço de medidas.

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