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O aumento é "diário e significativo" e começou no início de junho. "Há três semanas, estávamos reduzidos a 10 ou 11 camas destinadas a estes doentes; e aumentámos agora a capacidade para 60 e tal, 70 camas".
Nesta altura, 57 dessas camas estão ocupadas com pessoas entre os 50 e os 60 anos. Há 15 doentes em cuidados intensivos. Apesar deste aumento significativo, Fernando Maltez, o médico que dirige o Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Curry Cabral, acredita que não vai ser preciso chegar às 300 camas Covid, como aconteceu no ano passado.
"Estamos a falar de uma população que está progressivamente a ser vacinada, a proporção de vacinados está a aumentar de dia para dia e, portanto, é pouco provável que atinjamos essas necessidades anteriores".
O especialista Fernando Maltez fala num aumento "significativo" dos pacientes com Covid-19
O médico infecciologista revela que, entre os internados, também há quem já tenha a vacina, mas é uma minoria - entre as "faixas etárias mais idosas, aí uma meia dúzia". E, de entre esses seis doentes, a maioria só tem uma dose da vacina.
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Fernando Maltez confessa que é difícil perceber porque se infetaram, mas uma possibilidade é a deterioração natural do sistema imunitário, devido ao envelhecimento.
O hospital e o Instituto Ricardo Jorge estão a estudar que variantes contagiaram estes novos doentes, mas já se sabe que, entre eles, há casos da chamada variante delta. Ainda falta conhecer muito sobre esta mutação do vírus, mas o médico arrisca dizer que não aparenta ser mais grave: "Não vejo que os casos clínicos que estão a ser internados agora manifestem maior gravidade do que aqueles que tivemos nas ondas anteriores".
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