Sem Lisboa e Porto, sete associações académicas juntam-se para combater "falta de voz"

Órgão que resulta do Movimento de Associações Académicas Universitárias é criado esta sexta-feira. Já foram recebidos por Marcelo Rebelo de Sousa em 2020 e querem lutar contra o centralismo na representação estudantil.

É no dia nacional do estudante que sete associações académicas pretendem formalizar o movimento que fundaram há três anos. O Conselho de Associações Académicas Portuguesas deixa de fora as federações académicas do Porto e Lisboa e junta os representantes dos alunos das universidades de Aveiro, Algarve, Beira Interior, Coimbra, Évora, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro. O objetivo, para a presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), é deixarem de ser ignorados.

"Sentimos que, quando se fala no ensino superior, procura-se muito saber a opinião dos estudantes de Lisboa e do Porto", lamenta Margarida Isaías à TSF. A representante dos alunos da Universidade do Minho considera que "é importante incluir na discussão" aquela parte do país que tem "falta de voz".

Por isso, vai ser criado o Conselho de Associações Académicas Portuguesas, que não conta com a presença das federações académicas de Lisboa e Porto. No entanto, a presidente da AAUM garante que vão continuar "em discussão e colaboração com as diferentes associações de todo o país, independentemente se são do Porto ou de Lisboa".

Em declarações à TSF, Margarida Isaías assegura que o objetivo da criação do Conselho de Associações Académicas Portuguesas "não é, de todo, separar" o associativismo no ensino superior. Segundo a presidente da AAUM, este novo órgão vai fazer com que as estruturas representativas dos alunos de todo o país tenham "um bocadinho mais poder e impacto".

O Conselho de Associações Académicas Portuguesas vai criar ao longo do ano um ciclo de conferências para "discutir os diferentes temas prementes no ensino superior, desde o ensino, ao acesso, aos métodos de avaliação, ao financiamento das universidades, à revisão do regulamento jurídico das instituições de ensino superior, também as estratégias para a saúde mental e ainda outros tópicos, como o associativismo em geral, a cultura e o desporto".

O objetivo é que no final do ano letivo haja um documento de reflexão global para ser discutido com a tutela.

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