Vão ser reservadas 20 mil doses de vacinas para as autoridades policiais: metade para a GNR e metade para a PSP. O ministro da Administração Interna explica que, no entanto, serão vacinados apenas metade dos efetivos de cada força de segurança, porque é dada prioridade a quem está mais exposto a riscos de infeção.
"Não é todo o efetivo, são prioritários aqueles que estão afetos a atividades operacionais, desde a vigilância de pessoas em isolamento profilático, à garantia do respeito pelas regras de estado de emergência", referiu Eduardo Cabrita.
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) regista a mesma preocupação do diretor nacional da PSP, Magina da Silva, relativamente ao elevado número de polícias infetados com Covid-19 ou em isolamento profilático.
Paulo Santos reconhece que algumas medidas foram adotadas, mas ainda não são insuficientes para evitar as infeções: "Registamos algumas medidas que o Sr. diretor tem tomado para evitar a propagação das infeções no seio da PSP, mas também registamos poderiam ser tomadas outras."
O dirigente da ASPP, acrescenta, no entanto, que "o Sr. diretor considera que não são importantes".
Esta manhã em entrevista à TSF, Magina da Silva não quis dizer quantos polícias estão inoperacionais, dando apenas conta de um número preocupante.
O presidente da ASPP também não adianta números, dizendo que as infeções por Covid-19 no seio da PSP "são cada vez mais relevantes" e defende que a vacinação já devia ter começado.
Paulo Santos sublinha que a vacinação "já devia ter acontecido antes dos polícias serem chamados a desenvolver um conjunto de fiscalizações no combate à Covid". O dirigente pede, por isso, que "este processo seja o mais rápido possível, seja eficiente e vá ao encontro das necessidades das instituições da polícia".
Na quinta-feira, em reunião com os sindicatos, o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, anunciou que vão chegar 10 mil vacinas, ainda este mês.
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