Sindicatos dos professores reunidos "numa só voz" numa mesa negocial única

Os representantes das 12 estruturas sindicais estão em negociações com o secretário de Estado da Educação. Do lado de fora do Ministério da Educação, ouvem-se as vozes dos professores em protesto.

"Não paramos" é uma das frases mais ouvidas do lado de fora do ministério, onde centenas de professores estão esta quinta-feira concentrados, num protesto que já se fazia ouvir quando se iniciou a reunião negocial com todas as organizações sindicais.

À entrada da reunião, Mário Nogueira, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, sublinhou a importância da mesa negocial única. "Todos numa só voz queremos estar lá dentro a defender os direitos dos professores."

Para que a reunião desta quinta-feira seja positiva, Mário Nogueira afirmou ser necessário que o "Governo perceba que o regime de concurso de professores não é para gerar instabilidade, mas sim estabilidade".

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores acrescentou que "não é aceitável" que o regime de vinculação de professores deixe de fora quem está no décimo quinto ano de serviço, ou que um professor tenha de deslocar 50 ou 60 quilómetros para completar horários.

Mário Nogueira voltou a sublinhar que "o ministério da Educação sabe que mais de 70% dos professores jamais chegará ao topo de carreira, porque não lhes esta a ser contado tempo de serviço", referindo-se à exigência dos docentes de recuperar os seis anos que trabalharam enquanto a carreira esteve congelada e ainda não viram contabilizados.

Os representantes das 12 estruturas sindicais que participam nas negociações sobre o regime de recrutamento e mobilidade entraram para a reunião com o secretário de Estado da Educação pelas 10h20.

O protesto tem congestionado o trânsito em Lisboa, tendo obrigado ao corte de uma das vias da Avenida Infante Santo. Continuam a chegar autocarros com professores.

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