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O Governo fixou em 100 euros o valor a pagar às forças de segurança pelo subsídio de risco e fechou a porta a mais negociações. O valor contrasta com os 400 euros exigidos pelos profissionais da PSP e da GNR, que se reuniram esta quarta-feira com o Ministério da Administração Interna e que saíram do encontro sem margem para garantir mais um cêntimo que seja e levam, por isso, a luta para as ruas nos próximos meses.
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, defende que o Governo "fala em 100 euros de forma errada".
À TSF, o responsável sindical explicou que o executivo vai "substituir os 31,04 euros na componente fixa do suplemento fixo das forças de segurança por 100 euros", o que significa que "em termos líquidos, o valor atribuído ao risco serão cerca de 78 euros".
Paulo Santos diz que o Governo fala em 100 euros "de forma errada".
Já o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), César Nogueira, assinalou que estes profissionais "não podem concordar" com a finalização do processo de negociação do subsídio de risco, porque este "não é um valor digno do risco que correm todos os dias".
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A proposta dos profissionais da PSP e da GNR era de atingir os 400 euros em 2024, de forma gradual.
Forças de segurança vão reunir-se em frente à residência oficial de António Costa em setembro.
Insatisfeitas, a ASPP/PSP e a APG/GNR prometem manter contactos com os grupos parlamentares para que a posição do Governo seja alterada em sede do Orçamento do Estado e vão promover ações de protesto.
As primeiras "iniciativas de rua e de luta" devem acontecer já em agosto, com datas ainda a definir. Depois, haverá uma vigília das duas associações, "no início de setembro, à porta da residência oficial do senhor primeiro-ministro", em conjunto com a APG/GNR.
César Nogueira explica os próximos passos do sindicato da GNR.