Suíça obriga a adiar fim da investigação ao Espírito Santo

Fim do inquérito está a partir de agora dependente das autoridades suíças.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) voltou a adiar o prazo para fechar o longo inquérito ao que se passou no Universo Espírito Santo.

A investigação já dura há cinco anos e o prazo dado no início do ano acabava esta segunda-feira.

Agora, em comunicado, o diretor do DCIAP explica que ainda não há condições "para que o inquérito cumpra a sua finalidade de descoberta da verdade", faltando "a recolha de todos os elementos de prova indispensáveis".

O comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) adianta que há muito que estão em execução as diligências necessárias, mas estão dependentes da cooperação judiciária internacional que ainda não está "integralmente satisfeita, pese embora as persistentes iniciativas desenvolvidas pelos magistrados titulares do inquérito".

Referindo concretamente a Suíça, o diretor do DCIAP diz que decidiu alargar o prazo e fixar um prazo que dependerá da resposta das autoridades suíças: "três meses contados a partir da devolução dos elementos probatórios em poder das autoridades suíças e apreendidos à ordem dos autos". Só depois de corrido esse prazo é que será fechado o inquérito.

Recorde-se que já em março a PGR se tinha queixado de estar há quase 3 anos à espera que as autoridades da Suíça respondessem a pedidos de cooperação judicial fundamentais para fechar a acusação às investigações sobre aquilo que levou ao colapso do Universo Espírito Santo.

No balanço feito na altura a este mega processo, o Ministério Público contava 41 arguidos, 199 audições, num inquérito com 252 apensos.

Em março os arrestos ou apreensões já chegavam aos 120 milhões de euros em dinheiro e aplicações financeiras, além de 477 imóveis confiscados pelos tribunais.

A análise documental envolve 100 milhões de ficheiros informáticos, incluindo comunicações escritas entre seis países em três línguas, tendo-se realizado 111 buscas em Portugal, Espanha, Macau e Suíça.

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