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O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) declara que este é "um bom dia", o dia em que a UMP e o Governo "estão de acordo", reagindo assim à intenção do Executivo anunciada pelo Ministério Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, de promover um estudo de imunidade entre os residentes e os funcionários dos lares, nas regiões do Algarve e do Alentejo.
"É uma excelente notícia, congratulo-me com ela", admite Manuel Lemos, inserindo a iniciativa "no plano da razoabilidade", num momento em que "ainda falta vacinar tanta gente". Quanto a avançar já para uma terceira dose da vacina para fortalecer a imunização deste grupo vulnerável, o responsável afasta precipitações. "Talvez não seja necessário, vamos ver se é necessário ou não. Se for necessário, depois tomaremos."
Ouça as declarações de Manuel Lemos.
Em comunicado enviado às redações, o Governo comunicou que "os resultados do estudo serão partilhados com as autoridades de saúde e poderão contribuir para decisões futuras sobre esta matéria".

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A decisão do Executivo foi anunciada como pensada "há várias semanas". A 5 de agosto, as autoridades de saúde contabilizavam 53 surtos ativos de infeção pelo SARS-CoV-2 em lares de idosos, um dos quais, em Proença-a-Nova, suscitou maior atenção por parte da União das Misericórdias Portuguesas.
De acordo com números disponibilizados então à agência Lusa pela Direção-Geral da Saúde, os 53 surtos ativos, em números atualizados na segunda-feira, envolviam 829 casos de infeção diagnosticados. Era em Lisboa e Vale do Tejo que se contavam mais surtos (25) e pessoas infetadas (270).
No Norte havia 10 surtos e 247 pessoas infetadas, no Alentejo, oito surtos e 68 infeções, no Centro, seis surtos e 138 infetados, e, no Algarve, quatro surtos e 106 pessoas infetadas.
Manuel Lemos reitera que o Governo teve uma "atitude muito acertada", e referiu que "há outros países a fazerem isso", rematando: " É um bom dia, estamos todos de acordo."
