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Ricardo Mexia, presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, concorda com a avaliação de Carlos Antunes, um investigador da equipa da Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa que trabalha nas previsões que são regularmente apresentadas nas reuniões do Infarmed ao Governo, Presidente da República e outros políticos.
Carlos Antunes estima que o número de infeções diárias esteja bem acima do que tem sido encontrado, cerca de dez mil. O investigador fala em 12 500 e considera que não é a capacidade de testagem que está no limite, mas sim a capacidade das equipas de rastreio.
Uma avaliação com a qual Ricardo Mexia concorda, pois o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública considera que o trabalho está a acumular-se devido a uma falta de meios para a qual tem alertado.
Presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública defende que o reforço da capacidade devia ter sido acautelado
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"Já há muito tempo que andamos a dizer que é necessário haver um recrutamento. Temos milhares de inquéritos epidemiológicos por fazer e portanto, naturalmente, torna-se muito difícil interromper as cadeias de transmissão. É necessário reforçar esta capacidade e devia ter sido antecipada", explicou à TSF Ricardo Mexia.
Um recrutamento que está a acontecer neste momento, mas Ricardo Mexia lamenta a lentidão do processo.
"Tenho visto anúncios, já ouço há muito tempo, mas depois na prática, a chegada destes recursos foram os militares que, de facto, reforçaram algumas das unidades. Tudo o resto foi um pouco incipiente. Agora, aparentemente, estará a decorrer esse processo, mas peca por tardio", acrescentou o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública.
