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O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo explicou, em entrevista à TVI24, que "todo o país vai ser acelerado" em termos de vacinação porque estão a chegar ao país "vacinas em maior quantidade".
Há regiões mais atrasadas do que outras, como Lisboa e Vale do Tejo, Norte e Algarve, que vão ser "ligeiramente aceleradas" para eliminar a diferença entre as percentagens de vacinação. O Alentejo é a região com maior percentagem de vacinas administradas.
As diferenças são explicadas pela "estrutura etária diferente" entre regiões, isto porque as que têm "mais idosos" avançaram mais rapidamente.

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Esta semana vai terminar a vacinação dos maiores de 60 anos. Depois pode avançar-se para a recuperação da economia. Um momento que Gouveia e Melo defende como o mais acertado para uma revisão da forma como se gere a pandemia.
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Em média, Portugal está a administrar "cerca de 80 mil vacinas por dia". O coordenador da task force admitiu também que o processo de auto-agendamento vai ficar disponível em breve e que, a partir de quinta-feira à tarde, as pessoas com mais de 50 anos devem poder começar a inscrever-se no portal. Questionado sobre se esse auto-agendamento vai aumentar os níveis de pressão sobre os serviços de vacinação, Gouveia e Melo sublinhou que pensa sempre de forma muito cautelosa.
"Antecipo sempre problemas. O que se está a verificar é que, para cumprirem os contratos, as empresas enviam as vacinas no final do trimestre e isso atrasa o processo de vacinação", explicou o vice-almirante.

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Gouveia e Melo "ainda não vê o dia" em que vai despir o uniforme
Depois do ritmo "muito elevado" de vacinação que tem sido aplicado até aqui, Gouveia e Melo explica que o processo vai ser "menos complexo" no futuro.
Reforçando que esta é uma guerra, o vice-almirante "ainda não vê o dia" em que vai despir a farda. Atingida a imunidade de grupo, realiza-se "um passo muito importante" do processo, mas não o final dele.
O coordenador da task force garantiu que, pelo menos até aí, terá o uniforme vestido.
"Os verdadeiros heróis são as pessoas que estão a fazer o processo de vacinação", acrescentou o vice-almirante, que elogia o trabalho feito até aqui.