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Os trabalhadores da cervejaria Galiza no Porto continuam com o futuro incerto. Seis meses depois do início de um conturbado processo laboral, os 28 trabalhadores da histórica cervejaria portuense aguardam ainda pela apresentação de um plano de insolvência e de recuperação que consiga manter os postos de trabalho.
Nuno Coelho, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Indústria e Hotelaria do Norte, responsabiliza a empresa por ainda não ter avançado com o prometido plano que ficou decidido em fevereiro durante uma reunião com a empresa no ministério do Trabalho.
"Até ao momento, sabemos que as advogadas da empresa não fizeram esse requerimento, não fizeram o pedido de insolvência. Durante este tempo todo, andámos a pressionar as advogadas para avançarem com um plano de insolvência. O que é certo é que elas vinham sempre pedir documentação, andaram a arrastar, durante estes dois meses, o pedido de insolvência, o que demonstra que, mais uma vez, a gerência abandonou os trabalhadores. Os trabalhadores estão ali ao abandono", conta à TSF.
O sindicato garante que há investidores interessados na Cervejaria Galiza, até porque a empresa nunca deixou de trabalhar durante a pandemia: "Está a trabalhar apenas com serviço de takeaway, os trabalhadores continuam lá, mas este mês já não foi possível pagar os salários na totalidade aos trabalhadores. O volume de faturação caiu e não foi possível pagar os salários na totalidade."
Com metade do último salário em atraso, os trabalhadores da cervejaria Galiza anseiam pelo regresso à normalidade pós-Covid e aguardam que avance o processo de insolvência na empresa.