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Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (RL), que opera em quatro concelhos do distrito, cumprem a partir das 03h00 desta sexta-feira uma greve de 24 horas para exigir melhorias salariais.
Esta será a 14.ª paralisação que os motoristas da RL realizam desde julho do ano passado, tendo a mais recente decorrido em 01 de junho, altura em que também foi apresentado um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário durante o mês de junho.
Segundo João Casimiro, do Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (SITRL), as reivindicações dos trabalhadores mantêm-se, destacando-se o aumento salarial dos motoristas para 750 euros, de forma a "compensar a subida do salário mínimo".
Atualmente, o ordenado médio de um trabalhador da RL é de cerca de 700 euros (brutos), enquanto o ordenado mínimo nacional é de 705 euros.
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Entre as reivindicações encontram-se ainda a atualização do salário dos demais trabalhadores na mesma percentagem do que as dos motoristas e a atualização do subsídio de refeição nos mesmos termos percentuais, a redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas e a valorização da carreira da manutenção.
A Lusa contactou fonte da transportadora para obter um comentário, sem sucesso.
Na sua página na Internet, a empresa indica apenas que "recebeu um pré-aviso de greve para o dia 01 de julho" e pede desculpa "por qualquer perturbação que ocorra no normal funcionamento do serviço".
A RL deverá integrar em janeiro de 2023 a recém-criada Transportes Metropolitanos de Lisboa, que operará nos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.
A empresa de transporte rodoviário de passageiros opera nos concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, servindo cerca de 400 mil habitantes.