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Os trabalhadores dos bares dos comboios da CP já receberam a garantia de que está assinado, pelo ministério das Finanças, o documento que permite a abertura de um novo concurso para entregar o serviço nos bares a outra empresa, depois da insolvência da Apeadeiro 2020.
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Em declarações à TSF, Luís Batista, dirigente do Sindicato de Hotelaria do Sul, explicou que os trabalhadores estiveram no ministério das Infraestruturas na manhã desta terça-feira e, "ao fim de algum tempo e pressão", foram recebidos pelo secretário de Estado Frederico Francisco.
Na reunião, o governante avançou que "já está assinado o novo concurso por parte, quer do ministério da tutela, que é o das Infraestruturas, quer pelo Ministério das Finanças, que era a assinatura que faltava".
Secretário de Estado avançou que o acordo já foi assinado por ambos os ministérios.
Perante estes desenvolvimentos, e com o fim do prazo para a Apeadeiro 2020 recorrer da resolução do contrato por parte da CP, Luís Batista defende que não há, a partir desta quarta-feira, "nenhuma razão objetiva e substancial para que não se avance, de uma vez por todas, com o lançamento do concurso de emergência que permita pagar os salários em atraso, retomar os postos de trabalho e avançar com o serviço imediatamente".
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Os 130 trabalhadores dos bares da CP estão sem salário há quase dois meses, após a Apeadeiro 2020 ter falhado o pagamento das remunerações de fevereiro e partes da de janeiro, não estando ainda certo que o mês de março seja pago.
Ainda assim, os trabalhadores apontam que esta pode não ser a solução ideal, até porque o Governo se comprometeu a estudar até junho, revelou o secretário de Estado, a sua integração na CP.
CP vai ter de decidir se integra os trabalhadores.
Com os trabalhadores "disponíveis" para integrar uma empresa "com condições e dinheiro para que neste momento tape o fogo", Luís Batista sublinha a "promessa assumida" por Frederico Francisco.
Concluído o estudo, "até ao fim do ano a CP decidirá de uma vez por todas se passa à internalização do serviço ou não, que é a nossa grande exigência de fundo, porque só assim podemos garantir qualidade no serviço e estabilidade, de uma vez por todas, nas nossas vidas".
A TSF já tentou confirmar estes desenvolvimentos junto do Ministério das Finanças, questionando também a tutela sobre pormenores, mas sem sucesso.