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Dezenas de tripulantes de cabine da easyJet estão esta sexta-feira concentrados junto ao terminal 1 do aeroporto de Lisboa para pedir melhores condições de trabalho, no primeiro de cinco dias de greve que obrigaram a empresa a cancelar 385 voos.
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Em declarações aos jornalistas, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, insistiu no facto de a empresa ter vindo ao longo dos anos a aproximar-se das exigências dos trabalhadores noutros países, mas não em Portugal.
Como exemplo o dirigente sindical apontou diferenças superiores a 100% nas remunerações dos tripulantes de cabine da easyjet em Portugal e noutros países europeus.
"Bónus milionários, salários precários" "Rentabilidade máxima, remuneração mínima", "Saldos verão easyjet até 132% de desconto no trabalhador português" e "Aviação em expansão salários é que não" são algumas das frases que se podem ler nos cartazes empenhados pelos trabalhadores junto ao terminal 1 do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
A greve dos tripulantes de cabine da easyJet teve início esta sexta-feira e repete-se nos dias 28 e 30 de maio e 1 e 3 de junho.
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Num comunicado do dia 11 de maio, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse que a easyJet continua a considerar os tripulantes das bases portuguesas trabalhadores menores" perpetuando a sua "precarização e discriminação relativamente aos colegas de outros países".
A paralisação abrangerá "todos os voos realizados pela easyJet" bem como os "demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos", cujas "horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00h01 e fim às 24h00 de cada um dos dias" mencionados, lê-se no pré-aviso de greve, divulgado pelo sindicato.