"Último aviso." Associação Zero diz que esta década é derradeira oportunidade para a humanidade

Dirigente da associação ambientalista revela qual o caminho a seguir para inverter o rumo.

Francisco Ferreira, dirigente da associação ambientalista ZERO, diz que esta década é uma última oportunidade para assumir compromissos em nome do futuro da humanidade.

"Para nós este é o semáforo vermelho, o último aviso de que a humanidade deve mudar o seu rumo se não quiser ter impactos significativos, principalmente nas populações mais vulneráveis, ao longo das próximas décadas e com efeitos que podem perdurar milhares de anos em termos climáticos. Não podemos ter dúvidas de que esta década é a última oportunidade, a começar já, na conferência de Glasgow e novembro, para haver compromissos, fortes e vigorosos na redução das emissões de gases e efeito estufa", explicou à TSF Francisco Ferreira.

O dirigente da associação ambientalista diz qual o caminho a seguir para inverter o rumo.

"Temos, de uma vez por todas, acabar com a dependência da queima dos combustíveis fósseis, não apenas do carvão e do petróleo mas também no gás natural onde, em Portugal, continuamos a fazer investimentos que têm de ser repensados. Esse é o mais exigente de todas as nossas metas, mesmo à escala europeia e estando nós na linha da frente. Precisamos de diferentes padrões de consumo, de muito mais eficiência, uma aposta nas energias renováveis também de forma sustentável", afirmou o dirigente da ZERO.

Francisco Ferreira sublinha que os governos não podem ignorar estes avisos das Nações Unidas.

"Precisamos de mais países comprometidos com metas de redução se quisermos impedir a subida do nível do mar, cujos efeitos se prolongarão ao longo de séculos, e se quisermos impedir um aquecimento cujas consequências já estamos a ver. Temos de trabalhar na redução das emissões, é absolutamente crucial, mas os cientistas também são muito claros: já estamos a sofrer os efeitos e requerem que nos adaptemos a um clima em mudança", acrescentou Francisco Ferreira.

O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) estima que o limiar do aquecimento global (de +1,5° centígrados) em comparação com o da era pré-industrial vai ser atingido em 2030, 10 anos antes do que tinha sido projetado anteriormente, "ameaçando a humanidade com novos desastres sem precedentes".

Entretanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o relatório é um "alerta vermelho" que deve fazer soar os alarmes sobre as energias fósseis que "destroem o planeta".

O secretário-geral da ONU pede que nenhuma central de carvão seja construída depois 2021.

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