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António Lacerda Sales também será dos últimos a abandonar a máscara, mesmo quando esta se tornar facultativa. Marcelo Rebelo de Sousa já tinha declarado que foi "dos primeiros a pô-la" e que seria "dos últimos a tirá-la", posição que o secretário de Estado Adjunto e da Saúde também defende.
"Eu pessoalmente também acompanho o senhor Presidente da República", confirmou o secretário de Estado. Lacerda Sales aconselhou nesta segunda-feira a utilização da máscara além do tempo previsto no quadro legal, e admite que, assim que a Assembleia da República o desobrigue, o uso desta proteção terá origem em "decisões pessoais de bom senso e de equilíbrio".
O governante acredita que seja uma boa ideia manter a máscara em espaços fechados, mas sabe que, além do prazo estipulado pelo Parlamento, ficará à consciência de cada um.
Em Faro, Algarve, uma das zonas com menor taxa de vacinação no país, Lacerda Sales aproveitou também para enaltecer o processo, num momento em que Portugal regista 80% da população com uma dose e 72% com o esquema vacinal completo.
O secretário de Estado definiu também como "extraordinário" o último fim de semana, em que foram vacinados jovens entre os 12 e os 15 anos. "Neste fim de semana pais e crianças deram uma prova de maturidade", assinalou. António Lacerda Sales deu mesmo conta de menores "a convencerem os pais de que serem vacinados era muito importante".
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O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou ainda esperar que entre a terceira e quarta semana - "se possível antes", já que as metas têm sido cortadas mais cedo - se atinjam aos 85% da população com esquema vacinal completo, e apontou o facto de Portugal ser o terceiro país com maior taxa de vacinação no mundo.
Quanto ao recomeço das aulas, Lacerda Sales garantiu que as autoridades de saúde estão "a preparar neste momento, a revisitar, por assim dizer, o referencial de escolas do ano passado", referencial que já estava "integrado" na mentalidade da comunidade escolar, detalha. No entanto, admitiu que a questão da vacinação permitirá alguns ajustes, e que, portanto, este "referencial" será "ajustável ao novo tempo".
A quarentena de 14 dias em casa para vacinados que entraram em contacto com pessoa que apresenta risco mantém-se, para já, porque qualquer alteração necessitará de suporte técnico, respondeu ainda. Mantêm-se os 14 dias de quarentena, ou 10 dias com teste, "por questão de precaução e cautela", mas ainda poderá haver um "ajustamento à possibilidade de haver novas formas de o fazer".
