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A Ordem dos Médicos considera que a definição de critérios do plano de vacinação contra a Covid-19 deveria ter sido mais apertada. Esta sexta-feira, no Fórum TSF, o bastonário Miguel Guimarães alertou que as vacinas podem não chegar para todos.
"Provavelmente, não vamos ter vacinas para cumprir as prioridades (...). Se tiver 100 mil, 200 mil ou 300 mil vacinas, não consegue responder àquelas prioridades que foram definidas", avisa o bastonário da Ordem dos Médicos. "Os critérios de prioridade têm de ter definições um bocadinho mais apertadas."
Miguel Guimarães considera que os critérios para a definição dos grupos prioritários tem de ser mias estritos
Na primeira fase de vacinação contra a Covid-19 em Portugal vão ser vacinadas 950 mil pessoas, com a segunda a ser alargada a 1,8 milhões de pessoas "com mais de 65 anos", exceto as vacinadas na primeira fase.
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O bastonário da Ordem dos Médicos lamenta ainda não ter sido ouvido antes da apresentação do
plano de vacinação. Miguel Guimarães lembra que os médicos têm um papel importante em todo o processo e, para já, falta-lhes muita informação.
"É fundamental os médicos terem as informações completas sobre as vacinas. As informações disponibilizadas no plano apresentado ontem [quinta-feira] são escassas", condena.
A Ordem dos Médicos queixa-se de não ter sido consultado antes da divulgação do plano de vacinação
"Não temos nenhuma informação relativamente às complicações iniciais ou efeitos laterais das vacinas, nem sobre se existem contraindicações em algumas situações específicas", o que, para os médicos, é "absolutamente essencial", nota. Miguel Guimarães.
"Os médicos lidam com os doentes todos os dias e os doentes colocam-nos questões importantes sobre se devem vacinar-se, em função de determinadas características, e nós temos de ter toda a informação disponível para responder de forma correta, com base naquilo que é ciência", argumenta.
*com Manuel Acácio e Margarida Serra
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