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Depois do comércio de aves selvagens, também a venda de armadilhas para estes animais, como o visgo, as redes e os mecanismos de mola, já é proibida em Portugal.
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves foi uma das entidades que mais participação teve neste processo de alteração à lei e, em declarações à TSF, o coordenador do Departamento de Conservação Terrestre, Joaquim Teodósio, resume o que conseguiram em poucas palavras: "Objetivo cumprido."
O trabalho começou em 2014, quando foram recolhidos "os primeiros dados sobre o impacto da utilização destes artefactos na captura ilegal de aves selvagens".
Nova legislação é um "objetivo cumprido".
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Depois do apoio de muitos seguidores do trabalho e uma petição que recolheu mais de 4000 assinaturas, Joaquim Teodósio reconhece que é "muito recompensador" ver o trabalho materializar-se na nova legislação.
As multas que são agora previstas vão dos 200 até aos 18 mil euros e vão punir a compra de armadilhas, algo que era relativamente simples de fazer até agora.
"Bastava entrar numa loja de ferragens, materiais agrícolas ou algum mercado" ou até procurar online, conta o responsável, para encontrar armadilhas vendidas "a preços muito acessíveis, de meia dúzia de euros ou pouco mais".
Compra de armadilhas podia ser feita com relativa facilidade e "a preços muito acessíveis".
Com a proibição, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves assinala que estas armadilhas "vão deixar de render" para quem fabrica e "vai dar muito mais trabalho" fazê-las de forma "mais artesanal".
A sociedade estima que, todos os anos, dezenas de milhares de pássaros selvagens caem nas armadilhas. Muitos, como os melros, são capturados ilegalmente para se transformarem em animais domésticos, para viver em gaiolas. Outras aves, nalgumas zonas do país, são consideradas petiscos.