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As previsões mais recentes apontam para um verão quente e seco, que pode ser tão mau como o de 2022. O cenário já tinha sido avançado pela Comissão Europeia, que colocou países como Itália, França e Espanha no vermelho e Portugal no laranja. A TSF confirmou junto do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que as previsões indicam que há muito trabalho a fazer para, muito provavelmente, mais um verão de incêndios florestais e seca.
Segundo o presidente do IPMA, Miguel Miranda, a chuva que cair nos próximos dias será importante, mas mesmo com algumas barragens cheias, Portugal deve começar, desde já, a poupar água para enfrentar um verão seco.
"É preciso, neste momento, ter muita parcimónia na utilização da água", afirma, em declarações à TSF, relembrando que o verão de 2022 foi "difícil", nomeadamente, no abastecimento de água às populações.
Ouça aqui as declarações de Miguel Miranda à TSF
Miguel Miranda explica que serão os países de clima mediterrânico a sofrer mais com o calor deste verão. Portugal tem um alívio atlântico, mas não chega.
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"A previsão sazonal que existe não aponta para uma situação de extrema seca na componente atlântica, contudo no que diz respeito à componente mediterrânea existem alguns sinais de possível secura. Tivemos um fevereiro que foi um dos fevereiros mais secos de sempre, e, apesar de estarmos ainda com o efeito da chuva muito abundante que caiu em dezembro e janeiro, é importante pensar-se que essa chuva produziu muita biomassa", explica.
O presidente do IPMA sublinha que, se o próximo verão for "muito seco e quente", há risco de fogos rurais "com alguma importância".
Em setembro do ano passado, o Governo aprovou um plano nacional de poupança de água, plano esse que está a cargo da Agência Portuguesa do Ambiente. No entanto, questionada pela TSF sobre o andamento deste plano, a agência diz que não está em condições de dar uma resposta.