Virtual Educa? "Queremos contribuir para um início de aulas menos turbulento"

O maior evento de educação em todo o mundo vai contar com a participação de professores de mais de cem países.

O Virtual Educa é conhecido como o maior evento de educação no mundo. Ia decorrer em Portugal pela primeira vez no início de julho, mas a pandemia trouxe uma mudança de planos.

O evento vai realizar-se através da internet, e conta com cerca de 60 mil professores em todo o mundo.

Todos os anos, o Virtual Educa apresenta as mais recentes inovações na digitalização do ensino. Em declarações à TSF, Adelino Sousa, diretor executivo da Virtual Educa, explica que o tema da conferência é o regresso às aulas em contexto de Covid-19.

"Esperamos que o painel contribua com as suas experiências, para um início de aulas menos turbulento. O nosso objetivo é que o mundo esteja mais ligado e ligado no conhecimento. Queremos que os Governos e as escolas possam aprender algumas coisas, independentemente dos países onde estão a participar", afirma.

O evento vai contar com a participação de professores de mais de cem países. De Portugal há 5500 professores inscritos. Ainda assim, Adelino Sousa gostava de contar com um maior número de professores nacionais, sobretudo porque o Ministério da Educação decidiu que a participação vai contar como horas de formação dos docentes do ensino básico e secundário.

"O Ministério da Educação tem apoiado o projeto, e incentivado os professores portugueses a participar. Estes docentes podem pedir a tributação das horas, o que é bom para a progressão da carreira. Nós damos certificação aos professores do mundo inteiro, mas Portugal assumiu aqui a liderança ao reconhecer estas horas para a progressão da carreira."

O programa inclui painéis de debate, palestras e mesas redondas, tudo para discutir o futuro do ensino no campo da digitalização.

O diretor executivo da Virtual Educa considera que a pandemia veio acelerar uma mudança que já se previa. Por outro lado, expôs diversas fragilidades.

"Se até agora os Governos e os professores tinham adiado esta revolução no digital, com a pandemia não tiveram outra opção. Sentiram-se dificuldades, é necessária formação e outro tipo de ferramentas. Ainda assim, o mundo está preparado para apoiar os professores nessa transformação digital. Essa revolução está feita, e não vejo o próximo ano letivo a abrir de uma forma normal", admite.

O Virtual Educa arranca esta quarta-feira e decorre até quinta-feira. É gratuito e conta com a participação do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na sessão de abertura.

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