Zona com "forte importância ambiental e paisagística" ardeu na Estrela

Ao fim de dois dias, o fogo na Serra da Estrela está finalmente em fase de rescaldo. Naquele parque natural, vão passar "vários anos" até que a natureza se regenere. Ainda permanecem no local mais de 250 operacionais atentos a qualquer reacendimento.

Rui Melo sublinha que o incêndio que lavra desde segunda-feira está a consumir uma área florestal muito importante, que foi plantada há 80 anos

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A "regeneração poderá demorar vários anos a ser conseguida", diz o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas acreca de um fogo que começou na segunda-feira.

O diretor do Instituto de Conservação ds Natureza e das Florestas do Centro sublinha que foram tomadas medidas preventivas contra incêndios

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O diretor do organismo no Centro, Rui Melo, explicou que o fogo está a avançar para uma área de florestal plantada há cerca de 80 anos e cuja "regeneração poderá demorar vários anos a ser conseguida".

Rui Melo teme que este possa ser o maior incêndio registado pelo ICN centro e acredita que durante o dia de hoje será possível extinguir as chamas que há mais de 48 horas atinge o Parque Natural da Serra da Estrela

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"Naturalmente que estamos muito preocupados, designadamente com a área do Vale do Mondeguinho, porque estamos a falar de uma zona que tem forte importância ambiental, paisagística, florística, faunística e também turística", disse o responsável do ICNF, entidade que tutela o Parque Natural da Serra da Estrela.

Rui Melo destacou que "foi feito um forte investimento na rede viária e de defesa da floresta contra incêndios" naquela área, lamentando que nem isso tenha impedido a progressão das chamas, e acrescentou que é "prematuro" adiantar uma extensão da área ardida, mas referiu que esta é "efetivamente muito grande".

Já o vice-presidente da Câmara de Gouveia, concelho em que o fogo começou tendo depois alastrado ao concelho de Manteigas, adiantou que, "não havendo dados rigorosos, só no concelho de Gouveia terão ardido mais de 800 hectares, essencialmente de mato".

José Cardoso explicou que a principal preocupação se prende agora com o foco de incêndio junto ao cruzamento das Penhas Douradas.

"Ainda estão a alguma distância, mas se as chamas passarem a estrada, fica em risco uma área intensamente reflorestada", apontou, adiantando que até agora, naquele concelho, o fogo não ameaçou populações ou habitações.

De acordo com a página da Autoridade Nacional da Proteção Civil na Internet, o fogo - que começou às 14:46 de segunda-feira, em mato, na Senhora do Monte, na União das Freguesias de Aldeias e Mangualde da Serra, concelho de Gouveia, e que, entretanto alastrou para o concelho de Manteigas - esteve, às 10:45 desta quarta-feira, a ser combatido por 403 operacionais, auxiliados por 133 meios terrestres e por seis meios aéreos.

Além dos bombeiros de várias corporações do país, no terreno estão ainda operacionais dos grupos de reforço para combate a incêndios florestais Centro/Sul, Faro, Aveiro e Coimbra, o grupo de reforço ampliado de Leira e equipas de reconhecimento e avaliação da situação.

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