A espantosa realidade das coisas

“A espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias”
No magazine semanal de Fernando Alves, o sociólogo Paulo Pedroso observa a superfície e o fundo dos grandes temas da sociedade global. A investigadora Rita Figueiras promove a literacia da comunicação política. E a repórter Teresa Dias Mendes regista sinais fortes dos dias que passam.
Aos domingos, depois das 13h00

Desencontros desconfinados

Já com os dois comentadores residentes de regresso, o magazine dos domingos detém-se no modo como Marcelo e Costa falaram por interpostos repórteres sobre um eventual recuo no desconfinamento. Marcelo garantiu que, naquilo que dele dependesse, não se voltaria atrás.

Costa respondeu que ninguém pode garantir que não se volta atrás. "Nem o senhor presidente o pode fazer, nem o fez", sublinhou António Costa.

À chegada a Budapeste, perguntaram ao PR se se sentia desautorizado. Marcelo respondeu que o presidente nunca é desautorizado pelo primeiro-ministro. Até porque "quem nomeia o primeiro-ministro é o PR. Não é o primeiro-ministro que nomeia o PR". Costa responderia que em algum momento se teria instalado "um equívoco", pois nunca lhe passaria pela cabeça desautorizar Marcelo.

Um comentário de Paulo Pedroso no Twitter deu chamada de primeira página num jornal. Daí que o editor d'"A Espantosa Realidade das Coisas tenha perguntado ao sociólogo do ISCTE e à professora de Ciências da Comunicação e Comunicação Política da Universidade Católica de Lisboa, Rita Figueiras: "Estamos perante um involuntário número de revista ou face a afloramentos subtis e sibilinos de política pura e dura?"

E entretanto houve tiro ao alvo no arraial da Iniciativa Liberal. Os alvos eram dirigentes dos outros partidos, à excepção do Chega e do CDS. Foi uma boa frechada política ou uma seta no próprio pé, quis saber o editor do magazine.

Posto o que os convivas da rádio à hora de almoço de domingo trataram de folhear a "Cidade Maquete", à beira rio. O rio é o Tejo, posto em sossego na margem de Vila Franca, na dobra de um jardim. A "Cidade Maquete" é um livro, escrito por João Vieira (guionista de profissão). Paulo Andrade é o editor. Paulo e João mantêm em funcionamento um pequeno bar-esplanada de petiscos chamado "Flor do Tejo". Aí decorreu, já lá vão uns meses, o lançamento do livro. A repórter Teresa Dias Mendes foi lá agora. Só agora porquê? Porque lhe apeteceu ir lá agora. Afinal a editora chama-se Viva a Preguiça. E a pressa nem sempre é boa conselheira. Estão, pois, os três sentados, a repórter, Paulo Andrade, o editor, e João Vieira, o autor. Um relógio dá horas, a conversa flui com vista para o rio. É a espantosa realidade das coisas.

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