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No início de dezembro, o Brasil acordou assustado com a notícia de dois mega assaltos, no intervalo de 24 horas, em dois polos opostos do país.
Em Criciúma, no sul, e em Cametá, no norte, cidades que distam 50 horas de viagem, dezenas de criminosos fortemente armados irromperam os centros das cidades à noite aos tiros, fizeram quem circulasse nas ruas de reféns e assaltaram agências bancárias.
"São muito mais organizados do que o estado", informava um especialista.
Acontece no Brasil - Alarme de banco dispara 20 horas após assalto
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Nesse contexto, cada cidade e cada agência bancária do gigantesco país sul-americano entrou em alerta, redobrou cuidados, tomou medidas contra criminosos chamados de "cangaceiros do século XXI".
Campina Grande, maior cidade do estado do Piauí, não foi exceção, claro. Ainda assim, entre a uma e as cinco da manhã do último sábado, dia 26, ladrões levaram todo o dinheiro de uma agência.
A diferença, em relação aos cangaceiros, é que só utilizaram ferramentas leves para fazer um buraco junto ao cofre e permaneceram quatro horas no local a encher malas de dinheiro, sem produzir nem ruído, nem medo.
Ruído e medo sentiram os campinenses por volta das nove da noite desse mesmo dia. O alarme da agência bancária apitou sem parar e a polícia, cheia de aparato, chegou ao local.
Apenas para perceber que o banco já havia sido assaltado 20 horas antes - o alarme atrasou-se. E o assalto consumou-se.
Como dizia aquele especialista, o crime brasileiro é muito mais organizado do que o estado brasileiro.
O correspondente da TSF em São Paulo, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras a crónica Acontece no Brasil.