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"A vacina não salva vidas, a vacinação é que salva", a garantia é de Sílvia Curado Diretora de Investigação na Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque. A investigadora lembra por isso que o processo não termina quando os cientistas conseguirem chegar a uma vacina. "Temos de começar a pensar que não precisamos só da vacina, mas que precisamos também da vacinação", acrescenta.
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Sílvia Curado sublinha ainda que, "o progresso feito no desenvolvimento de vacinas é animador". Uma coisa a investigadora portuguesa garante: não vai haver vidas a serem postas em causa: "O acelerar do processo está a ser feito de uma forma muito segura. Há processos que estão a ser feitos em paralelo e que antes eram feitos de forma sequencial", explica.
A presidente da associação que apoia o desenvolvimento académico-profissional de Portugueses licenciados e pós-graduados que se encontram na América do Norte, revela que a comunidade científica portuguesa residente nos Estados Unidos, mostra este ano mais interesse nas próximas eleições presidenciais, "como nunca antes". Talvez porque, nas palavras da investigadora, o resultado do próximo sufrágio, "será crítico para o futuro da Ciência".

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Mostrando-se desagradada com a politização da ciência e com os cortes orçamentais imposto pela administração Trump, Silvia Curado assegura, no entanto, que estes efeitos não se fazem sentir no meio académico.
Recentemente, Silvia Curado ajudou a formar e co-lidera o consórcio Combatcovid, que junta várias instituições médicas para partilha de dados, experiência clínica e estatísticas de saúde, critica os que acusam os cientistas de espalhar o medo entre a população e devolve as acusações: "Quem está a tentar dominar através do medo, são os que vêm assustar em relação ao uso da máscara", conclui.