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Ao longo da História, as mulheres desempenharam um papel fundamental na tecnologia. Ada Lovelace criou o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina. É considerada a primeira programadora da história, apesar de ter vivido no século XIX, muito antes de se inventarem os computadores.
Outra pioneira é Hedy Lamarr, responsável pela criação da base para o Wi-Fi. Durante a segunda Guerra Mundial, a austríaca cocriou um aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazis.
Ouça o programa Botequim na íntegra.
Mas na era da informação e da inovação, a invisibilidade e a falta de mulheres no setor das tecnologias é um tema que não pode ser ignorado.
Apesar de ser conhecida como a indústria do futuro, é possível afirmar que a tecnologia ainda é um mundo de homens.
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Em Portugal, uma em cada dez mulheres a trabalhar em tecnologia é o único elemento feminino da sua equipa, de acordo com o Estudo Pioneers.
O estudo, divulgado em 2019 pela comunidade Portuguese Women in Tech, aponta razões que parecem afastar as mulheres do setor das tecnologias: o lento crescimento salarial, a baixa possibilidade de crescimento na carreira e o sexismo, com quase 80% das inquiridas a admitir que já sofreu comentários ou gestos sexistas pelo menos uma vez.
Mas se as mulheres não fazem parte do mundo da tecnologia de forma equilibrada e se as nossas vidas são cada vez mais desenvolvidas à volta deste setor, como se pode garantir que os serviços e produtos digitais são adequados e têm em conta os interesses das mulheres?
Não se trata apenas de um problema de competências tecnológicas. O que pode estar em jogo é o alcance político e social da cultura digital e qual a participação das mulheres nesta área.
Para uma conversa sobre inclusão digital, igualdade de género e tecnologia no feminino, este episodio conta com a participação de:
Ana Martins, formada em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e trabalha como programadora na Mercedes.io em Lisboa, o braço tecnológico da Mercedes-Benz
Isabel Ribeiro, vice-presidente do Instituto Superior Técnico, professora Catedrática do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e é pioneira na robótica móvel em Portugal
Luísa Ribeiro Lopes , presidente do Conselho Diretivo da .PT, a entidade responsável pela gestão do domínio nacional. Está a fazer doutoramento Estudos de Género e nos últimos tempos, tem-se dedicado a projetos que promovem a igualdade de género e a tecnologia no feminino.
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Sobre o programa
Botequim, da autoria da jornalista Sara de Melo Rocha, é um programa feito por mulheres, sobre mulheres. Aborda vários assuntos sob a perspetiva delas. É um espaço de diálogo e de escuta, para discutir desafios relacionados com a igualdade de género, através de entrevistas, conversas e histórias de mulheres que marcam a diferença. Cada programa vai abordar assuntos relacionados com política, educação, ciência, direitos humanos e o papel da mulher em cada um deles.