Campus Sul

Está criado o primeiro consórcio que junta três universidades portuguesas. No Campus Sul, a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade de Évora e a Universidade do Algarve trazem um propósito comum: promover o desenvolvimento e a coesão territorial do Sul. Campus Sul: a investigação, a inovação e o conhecimento ao serviço dos cidadãos e do país.

Igualdade de género. O que estão a fazer as universidades pela integração e multiculturalidade?

As desigualdades de género ainda são uma realidade também no seio das universidades portuguesas. Para combater esse problema, as universidades do Campus Sul - Universidade Nova de Lisboa, Universidade de Évora e Universidade do Algarve - têm planos específicos.

Na capital, a Universidade Nova faz já parte de um consórcio europeu, o programa SPEAR, que tem como objetivo o desenvolvimento e alteração de dinâmicas institucionais para combater as desigualdades.

"O que se pretende é, de alguma maneira, monitorizar, aumentar e desenvolver as perspetivas de carreira, integração e evolução na carreira do ponto de vista das igualdades de género. Sabemos que há uma série de desigualdades de género que, normalmente, punem um pouco mais as mulheres e, portanto, os planos da igualdade vão no sentido de contrariar algumas lógicas assimétricas de poder. No caso concreto do plano para a igualdade de género da Universidade Nova de Lisboa, é um conjunto muito desenvolvido de 44 objetivos e tem cinco dimensões particulares, desde a conciliação do trabalho e da família na cultura organizacional da universidade às questões do equilíbrio e de género na liderança da própria universidade", explicou Dalila Cerejo, professora auxiliar do departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

No Algarve, o compromisso da instituição também está ligado aos objetivos de desenvolvimento sustentável da igualdade de género. Para isso, têm analisado dados referentes a indicadores de investigação, ensino e recursos humanos.

"Depois centramo-nos em dados secundários, ou seja, realizamos inquéritos junto da academia. Perceções de profissionais - docentes, não docentes, investigadores e bolseiros - relativamente ao clima de igualdade de género e conciliação do trabalho e família. É de referir que o género masculino apresentou valores médios superiores ao género feminino", esclareceu Joana Vieira dos Santos, professora auxiliar do departamento de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Algarve.

Em Évora, a implementação do plano para a igualdade de género também é um imperativo que tem os direitos humanos como referência maior.

"No caso da Universidade de Évora, o plano constitui o resultado mais visível e duradouro entre o conjunto de atividades levadas a cabo por um grupo de trabalho criado por despacho reitoral, a 1 de outubro de 2020, e que está alinhado com diversas orientações internacionais nesta matéria, nomeadamente as elaboradas pelo European Institute for Gender Equality. Sabemos que a igualdade entre homens e mulheres constitui um princípio de cidadania consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e é também salvaguardado, a nível nacional, pela Constituição da República Portuguesa. No entanto existem evidências várias de entraves nas instituições que dificultam o acesso de mulheres e homens a categorias e condições de trabalho em igualdade de oportunidades, inclusive em instituições de ensino superior e organismos de investigação", acrescentou Rosalina Costa, professora associada no departamento de Sociologia da Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora.

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