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Milhares de eleitores exerceram antecipadamente o direto de voto para as eleições presidenciais no passado dia 17 de janeiro. O dia de votação antecipada foi marcado por longas filas de espera, em especial nas grandes cidades, o que originou críticas de partidos da oposição.
Contudo, no próprio dia, Manuel Machado, presidente da Associação Nacional de Municípios, e Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, mostraram-se satisfeitos com a participação eleitoral, chegando a comparar a grande afluência às urnas com as primeiras eleições em democracia, em 1976.
João Miguel Tavares considerou que as filas que se verificaram para votar em contexto de pandemia de Covid-19 foram inaceitáveis e que o Estado terá falhado redondamente, pelo que as declarações de Manuel Machado e Eduardo Cabrita se tornam completamente inadequadas.
Ricardo Araújo Pereira (RAP) notou que o que se passou tem semelhanças com "aqueles bares que não têm assim tanto sucesso, mas têm o segurança à porta a obrigar as pessoas a esperarem na fila, e depois dá a sensação de que há muita afluência àquele bar, há muita procura... Não é, é só porque a fila está demorada e comprida". Seguindo a mesma lógica, o humorista sugeriu que, "para haver uma grande galhofa da democracia" nas eleições deste domingo, poderia haver apenas uma urna de voto. Dessa forma, haveria filas de pessoas vindas de todo o país: "Em princípio isso dava boas imagens televisivas, da grande ânsia das pessoas pelo voto, como em 76..." - brincou.
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Com o agravar dos números da pandemia, é temida uma fraca afluência às urnas de voto neste domingo, o que levou Marcelo Rebelo de Sousa a dizer que "votar é um ato de resistência contra o vírus" - Ricardo Araújo Pereira acrescentou, ironicamente, que se assim é, então "a vacinação é um direito e dever cívico para eleger o Presidente".
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