- Comentar
"Às vezes pedem-nos cães para apoio emocional, ora isso não. Tem de ser alguém legalmente incapacitado, senão é um animal de companhia", a explicação é de Abílio Leite presidente da associação Ânimas, Associação Portuguesa para a Intervenção com Animais de Ajuda Social. É quem atende o telefone que surge no site da associação na internet, "é o que faz sermos todos voluntários", ri-se, "o presidente também é telefonista".
No essencial, esta associação, com sede no Porto, é uma grande escola. Treina cachorros de forma a poderem ser auxiliares de vida de pessoas que não têm total autonomia devido a problemas físicos ou mentais. Também dá cursos e apoia investigação.
Os cães são "cedidos", como Abílio Leite faz questão de dizer. Quer isto dizer que se por algum motivo o "beneficiário" não puder mantê-lo por algum período, a associação reassume sempre esse papel.
"Ainda a semana passada recolhemos o cão de uma pessoa que foi hospitalizada, o cão ficou com o segurança do hospital e fomos lá buscá-lo". Abílio Leite conta que o mesmo pode acontecer quando o animal chega à altura de se reformar, "mas felizmente até hoje ninguém nos devolveu o cão".
Nesta conversa, o presidente da Ânimas dá ainda conta de uma dificuldade inesperada: "Às vezes, só falta as pessoas quererem que o cão vá ao multibanco, insira o cartão, digite o código e retire o dinheiro!"
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Ouça aqui "O Bichinho da Rádio"