É de se ficar zonzo com tanta curva, a pique, para chegar a esta antiga reserva de burros. "São 14, andam por aí, fazemos questão que vivam à sua maneira, no seu habitat natural. Também não saem do ritmo deles", conta Vítor Carreira, professor e diretor deste espaço.

A meio do dia, altura em que conversamos, está muito calor. Grupos de crianças fazem escalada, brincam em insufláveis e há dois burros mais perto, ostensivamente virados de costas para nós, "a esta hora estão sempre a desejar que ninguém os chame para trabalhar". E não correm esse perigo, porque pelo calor, aqui é para descansar.

Os burros herdados por este projeto de educação ambiental hão de ser apenas os primeiros, a ideia é aproveitar tanto espaço e tanto interesse das crianças para ir juntando aqui um núcleo de animais nativos daqui, destas serras. Bichos que se dão bem com a altitude, o cheiro a alfazema e a proximidade do Sol.