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"São próteses que tentam imitar a função do membro original, tão parecida quanto possível com esse membro, com a particularidade de permitir ao animal percecionar o meio ambiente, nomeadamente o chão."
A explicação de Henrique Armés faz pensar em alta tecnologia e cirurgia de ponta, e é mesmo disso que se trata. "Cada animal é único. Para começar é preciso desenhar a prótese, depois há uma cirurgia exigente e também o processo de recuperação é muito acompanhado".
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E não é para qualquer animal, embora "já tenham sido usadas próteses até em animais marinhos", mas "são mais usadas em cães e gatos".
Também é preciso que reste uma parte do osso do membro afetado, porque a prótese funciona melhor quando é implantada nesse osso. Henrique Armés explica que também se recorre a estes membros de substituição em casos de animais com cancro, "desde que se justifique perante a esperança de vida do animal e, de novo, tem de subsistir parte do osso a que ligar a prótese".
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O veterinário também é investigador e espera que, em breve, chegue à ciência animal o que já acontece com os humanos "o uso de próteses articuladas". No caso dos animais é mais complicado e Henrique Armés aponta os gatos como "um desafio particular". São extremamente flexíveis e isso é difícil de replicar de uma forma mecânica.