O Bichinho da Rádio

Saúde, comportamento e direito animal, Gente, bichos e a nossa vida em comum.
Para ouvir à segunda-feira, depois das 18h30. Com Dora Pires.

Restam quatro animais selvagens nos circos portugueses

São dois elefantes, um tigre e um leão. São os últimos e terão de ser entregues até 2025 para passarem o resto da vida em santuários. Há só dois circos que resistem e "para aquelas pessoas é como se fossem um animal de companhia".

Desde 2009, os circos em Portugal não podem adquirir novos animais, nem permitir a sua reprodução, e até 2025 estão obrigados a entregá-los ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

No início foram retirados os animais que viviam sem condições e, a partir daí, as entregas têm sido voluntárias.

João Loureiro, diretor de conservação do ICNF dá conta de mais dois protocolos que estão quase a encerrar o ciclo. "São dois crocodilos e quatro cobras de grande porte, recolhidos este mês e que vão seguir para um santuário na Alemanha. Em janeiro teremos mais quatro cobras, um leão e dois tigres", e estes ficam mais perto, num santuário em Espanha.

Há, no entanto, dois circos que se recusam para já a entregar os animais, porque "para aquelas pessoas são como animais de companhia". Os proprietários não querem entregá-los e podem mantê-los, entretanto, "até 2025 ".

Tal como tem acontecido até aqui, o ICNF garante que estes dois elefantes, um tigre e um leão estão a ser bem cuidados nos circos onde vivem. Também eles irão seguir para santuários, sendo que no caso dos elefantes é mais complicado: "Há uma organização que tenta há anos arranjar um santuário para elefantes na Europa, mas ainda não conseguiu."

Os santuários são geralmente financiados pelos governos europeus e oferecem a segurança de um habitat confortável a animais que precisam de ser protegidos, mas que dificilmente teriam lugar num zoo.

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