O Bichinho da Rádio

Saúde, comportamento e direito animal, Gente, bichos e a nossa vida em comum.
Para ouvir à segunda-feira, depois das 18h30. Com Dora Pires.

Um hospital veterinário com lugar para todos

Cabem lá cães e gatos, mas também coelhos anões e ratazanas, como cabem cavalos e vacas ou ovelhas... E claro também lá entram lobos, aves de rapina ou corsos. Não é nenhuma Arca de Noé, é o Hospital Veterinário da Universidade de Alto Douro e Trás-os-Montes.

Se um dia o país avançar mesmo para uma espécie de Serviço Nacional de Saúde para animais, da parte das instituições de ensino, "podem contar connosco", clama Justina Oliveira. A vice-diretora do hospital veterinário da UTAD fala numa instituição vocacionada para "a comunidade e para a formação dos alunos", a quem não se exige lucro.

Isto não quer dizer que as consultas e tratamentos sejam gratuitos. "Não podemos fazer concorrência desleal a outros prestadores e haveria também o risco de nos tornarmos um depósito de animais indesejados."

Justina Oliveira contrapõe que o grande valor deste hospital é a diversidade no acolhimento de animais doentes e "quem vê cães, aqui, não vê cavalos". Há uma equipa de quase 30 veterinários e cada um trabalha no seu ramo. Além disso, este hospital tem "um centro de recuperação de animais selvagens e acordos com várias associações deste setor".

É nesta parte que entram os lobos, as aves de rapina ou os corsos. Nas outras partes, "entram todos", ri a vice-diretora.

Antes desta entrevista pedimos fotos (estão na galeria aqui em cima). Um das que nos chegaram é a de um cavalo a fazer fisioterapia.

"São dos tratamentos que saem mais caros. "Basta pensar na dose de anestesia que é precisa para pôr um animal destes a dormir. Mas quem tem um cavalo já tem alguns recursos para poder cuidar dele."

Outro sinal de cuidados de saúde diferenciados neste hospital é a unidade de Neurologia, que recebe animais de todo o país: "São casos que os colegas, na clínica, não conseguem já resolver e enviam para nós."

E os alunos? "Nós somos uma ferramenta de ensino." Em cada ano letivo vivem - "vivem mesmo no hospital" -, comem e dormem nas instalações. 24 horas por dia, sete dias por semana.

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