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Não foi a primeira vez, e não terá sido inesperado. O Vaticano voltou a negar a bênção aos casais homossexuais. E com o argumento de sempre, baseado na doutrina da Igreja Católica.
Foi perguntado à Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) se a Igreja dispõe do poder de abençoar as uniões entre pessoas do mesmo sexo. E a resposta, aprovada pelo Papa, foi clara: "não é lícito conceder uma bênção a relações que impliquem uma prática sexual fora do matrimónio".
A Cúria Romana não exclui que sejam dadas bênçãos a indivíduos homossexuais. Mas, quanto às uniões entre pessoas do mesmo sexo, entende que "toda a forma de bênção" será ilícita.
Uma posição que mereceu muitas críticas, e desde logo no interior da própria Igreja Católica, em países como a Alemanha ou os Estados Unidos da América, onde muitos sacerdotes abençoam uniões homossexuais.
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A Igreja católica alemã leva de resto uma longa reflexão sobre este tema. Numa reacção à decisão da CDF, um dos seus vigários escrevia: "benzi casas, carros, elevadores, terços sem conta e muitas coisas mais e agora não poderei benzer duas pessoas que se amam? Não pode ser essa a vontade de Deus!".
Porque é que a Igreja não pode conceder essa bênção? E como reage um católico homossexual? São as perguntas que estão na base desta edição do programa "Olhe que Não". Com Rui Aleixo artista plástico e músico; e Jorge Cunha, teólogo, director adjunto da faculdade de teologia da universidade católica do Porto.
Ouça aqui, na íntegra, o programa "Olhe que Não", moderado por Pedro Pinheiro
Ouça outras emissões do "Olhe que Não" aqui.
"Olhe que Não" é um programa de Pedro Pinheiro.