Onde nos Levam os Caminhos

O repórter Fernando Alves vai percorrer o país de lés a lés, sem destino certo. Uma viagem que dispensa o GPS e que segue ao sabor das histórias que encontra pelo caminho. É o regresso da TSF à estrada, à procura de retalhos da vida de portugueses que teimam em ficar no lugar onde nasceram e são felizes. Ao domingo, depois das 11h00, na TSF.

Maria Antónia Lopes, historiadora da Universidade de Coimbra: "A maior infâmia é ser pobre, tendo emprego"

A quem tenha arcaboiço para subir pelo seu pé, sugere-se a lenta escalada de becos e ruelas, galgando a Porta de Barbacã, a Torre de Almedina, a Sé Velha, o museu Machado de Castro, tantos lugares pedindo que nos demoremos. E, com mais ou menos pausas, teremos chegado, enfim, à Faculdade de Letras.

Foi o percurso que fiz no regresso à baixa, depois de desligado o gravador em que registei a longa conversa com a professora Maria Antónia Lopes, doutorada em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de Coimbra com uma tese intitulada "Pobreza, Assistência e Controlo Social, Coimbra (1750-1850)" na qual desenvolve um estudo sobre as instituições que enquadram a pobreza na cidade bem como os próprios conceitos de pobreza entre meados do século XVIII e meados do século XIX. É esta conversa transmitida inicialmente no dia 13 de novembro, data instituída pelo Papa Francisco como Dia Mundial dos Pobres porque disso fiz pretexto para conversar com esta professora e investigadora com uma notável obra produzida na História da Pobreza e das políticas sociais, na História das Mulheres, na História das Misericórdias e até na História Doutrinal da Caridade e Beneficência.

Para início de conversa, cuido de saber a que é que soa a palavra "caridade". Maria Antónia Lopes responde que se trata de um conceito religioso. Embora a palavra se tenha vindo a laicizar.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de