- Comentar
A quem tenha arcaboiço para subir pelo seu pé, sugere-se a lenta escalada de becos e ruelas, galgando a Porta de Barbacã, a Torre de Almedina, a Sé Velha, o museu Machado de Castro, tantos lugares pedindo que nos demoremos. E, com mais ou menos pausas, teremos chegado, enfim, à Faculdade de Letras.
Foi o percurso que fiz no regresso à baixa, depois de desligado o gravador em que registei a longa conversa com a professora Maria Antónia Lopes, doutorada em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de Coimbra com uma tese intitulada "Pobreza, Assistência e Controlo Social, Coimbra (1750-1850)" na qual desenvolve um estudo sobre as instituições que enquadram a pobreza na cidade bem como os próprios conceitos de pobreza entre meados do século XVIII e meados do século XIX. É esta conversa transmitida inicialmente no dia 13 de novembro, data instituída pelo Papa Francisco como Dia Mundial dos Pobres porque disso fiz pretexto para conversar com esta professora e investigadora com uma notável obra produzida na História da Pobreza e das políticas sociais, na História das Mulheres, na História das Misericórdias e até na História Doutrinal da Caridade e Beneficência.
Para início de conversa, cuido de saber a que é que soa a palavra "caridade". Maria Antónia Lopes responde que se trata de um conceito religioso. Embora a palavra se tenha vindo a laicizar.
Ouça aqui Onde Nos Levam Os Caminhos
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias