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Um cavalheiro cujo nome ainda consta da lista de docentes da Universidade de Aveiro e a quem a reitoria abrira, no ano passado, um processo por publicação de mensagens discriminatórias nas redes sociais, volta à carga considerando que as pessoas da comunidade LGBTI são "lixo humano". O dito cavalheiro, professor de Física, reclama a necessidade de uma "inquisição" para limpar o excesso de "mentes doentes".
O caso vem contado hoje na última página do JN e a notícia inclui a garantia dada pela reitoria da Universidade de uma actuação rápida e firme e "em conformidade".
Ouça aqui a crónica na íntegra
Ficamos sem saber se o físico indecoroso aprofundou as leis da termodinâmica ou se especializou em indução electromagnética. Se é um entendido em cálculo da velocidade ou se produziu um tratado sobre a aceleração dos corpos. De que modo se ocupa da matéria e da energia. Se é mais propenso ao estudo dos gases ou se avalia os movimentos das ondas.
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Se enfrentou as agruras de Galileu ( a quem a Inquisição acusou de heresia) ou se, na esteira de Newton, cuidou de saber por que caiu a maçã.
Mas, por aquilo que a carroça traz, dificilmente um binómio associado ao seu nome será comparado, em beleza, à Vénus de Milo. Razão pela qual se sugere ao docente indecente que recolha, da herança de Newton, a evidência de que a luz branca resulta da mistura das sete cores básicas.
O que se afigura provável é que esteja, o senhor professor de Física, precisado de um telescópio reflector.