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É comum vermos crianças agarradas ao telemóvel ou ao tablet na mesa de um restaurante durante toda a refeição. É uma forma dos pais a manterem sossegada, mas não faz bem e Filipa Jardim da Silva assegura que há alternativas.
"Uma criança está num restaurante e precisa estar entretida para estar mais tranquila e para os pais poderem fazer a sua refeição, mas, se calhar, uma hora de refeição não precisa ser uma hora de tablet, podem ser vinte minutos de tablet naquele momento em que efetivamente a criança já está a esgotar a sua capacidade de estar sentada", mas, nos quarenta minutos antes, podem ser utilizadas outras estratégias para manter a criança entretida, defende a psicóloga.
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Levar lápis para colorir, riscar a toalha de papel, improvisar construções com os guardanapos, levar um livro ou pequenas peças de lego. Filipa Jardim da Silva assegura que "há muitas maneiras de entreter uma criança e se nós estivermos atentos a isso podemos juntar o melhor dos dois mundos que é entreter as crianças estimulando-as de uma forma produtiva, respeitando a necessidade dela e cuidando da sua saúde não só física, mas também psicológica".
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"Quando estamos a ativar sentidos como a visão, a audição e o toque, é muito mais fácil para uma a criança permanecer mais tempo envolvida na mesma tarefa de uma forma concentrada, do que quando estamos num dispositivo artificial que não tem cheiro, no qual não conseguimos sentir texturas, não conseguimos agarrar e percecionar tamanhos, simplesmente estamos a olhar para imagens que se reproduzem muito rapidamente", afirma Filipa Jardim da Silva, que acredita que no dia-a-dia essa falta de informação dificulta a vida das famílias. E a capacidade de concentração e o bem estar emocional, sublinha a psicóloga, aumentam quando todos os sentidos são chamados a atuar.