Um dia de cada vez

De novo obrigados a Um Dia de Cada Vez, de que fazemos os dias? A jornalista Teresa Dias Mendes reabre a janela da rádio e dá-nos a ver o modo como se resiste a um novo isolamento.
Para ouvir à quinta-feira, pelas 13h20 e em TSF.PT

Porque conversar é caminhar com palavras

De guia-intérprete a presidente do Côa

Era amiga de Bruno Navarro, "e o lugar dos amigos não se cobiça," enfatiza a mulher de 47 anos que anseia por dia 5, o dia da reabertura dos museus.

Segunda-feira, lá estará, à porta, pronta para receber os novos primeiros visitantes.

Nomeada para o cargo de presidente da Fundação Côa Parque, em pleno confinamento, e depois da morte súbita de Bruno Navarro, Aida Carvalho tomou posse há precisamente um mês. De lá para cá, não tem parado. Mas a primeira coisa que fez foi voltar aos núcleos de arte rupestre, onde foi tão feliz. Há 25 anos, ela foi uma das primeiras guias-intérpretes do Parque. Hoje percorremos estas, e outras gravuras da vida de Aida Carvalho.

O mapa do território obriga a novas leituras e as gravuras rupestres são hoje um porto seguro para os milhares de visitantes que procuram conhecer a memória dos tempos, desenhada nas rochas, que fazem do vale do Côa a maior galeria de arte rupestre ao ar livre em todo o mundo.

Aida Carvalho, é uma "mulher feliz", e nem o facto de ter assumido funções em pleno confinamento, com o espaço fechado, lhe rouba energia ou entusiasmo para desenhar projetos e sonhar poder ser "um exemplo para todo o mundo". Não ela, a equipa - a professora e investigadora fala sempre no plural quando se refere aos projetos da Fundação, e assume a vontade de gravar uma pegada ambiental que não deixe margem para ter de escolher entre o desenvolvimento de um projeto cultural, científico e turístico, e as boas práticas.

A caminho vem já um barco electro solar, que vai permitir visitas entre o rio e as margens, a renovação da frota de jeeps (os mesmos de há 25 anos) está em andamento, os passeios a cavalo são outra das novidades, e os acessos aos núcleos das gravuras rupestres foram entretanto melhorados. É um mundo de esplendor e de magia, este que Aida Carvalho nos convida a visitar. Esperado que a pandemia não volte a forçar o encerramento das portas, e que os portugueses voltem a redescobrir o território, tal como no verão passado. O museu bateu recordes de bilheteira em 2020, mas de janeiro a abril deste ano foram apenas 12 visitantes.

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