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Quando a Santa Sé confirmou a entrevista ao Papa Francisco, Maria João Avillez respeitou a reserva pedida, confiando apenas ao marido, Francisco Van Zeller - "não lhe poderia guardar esse segredo" - e à filha Verónica, irmã carmelita, "porque ela e o carmelo de Fátima me mereciam essa notícia". A restante família, três filhos e seis netos, souberam num piscar eletrónico. Já em agosto, após a entrevista, quando o telemóvel revelou uma fotografia da mãe ao lado do Papa.
É uma das histórias que faz caminho ao longo de uma hora de conversa, em que a presença do neto mais velho é um sinal e uma escolha. O sinal de uma avó orgulhosa e a escolha de alguém que também gosta de abrir janelas. Maria João Avillez e Luís Van Zeller em Uma Questão de ADN.
"Não acha que eu sou divertida?", pergunta a avó ao neto, pressentindo a timidez de uma estreia e incentivando o mais velho, o neto mais velho, Luís Van Zeller, a deixar-se contaminar pela brisa da conversa que entrava pela janela da rádio. E ele foi batendo asas, neste primeiro voo, ao lado da avó jornalista, que o tinha desafiado para uma viagem com palavras.
Maria João Avilez e Luis van Zeller
À roda das palavras, como gosta de dizer - e de fazer - Maria João Avillez sempre que ocupa a cadeira em frente ao computador para escrever. Sejam crónicas, entrevistas ou um livro, como o último "Francisco, o Caminho", onde "pega o leitor pela mão" e o leva até à casa de Santa Marta, numa tarde quente de agosto, dia marcado para a entrevista com o Papa. É este o nosso ponto de partida, já em Lisboa, numa tarde fria de janeiro. Abrindo a janela da rádio.
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