- Comentar
Ana Catarina Fontes é portadora do gene da hemofilia e acabou por o transmitir ao filho Hugo. Até estar grávida, nunca tinha desconfiado que era portadora do gene da doença.
"Ele começou a aparecer com nódoas negras a partir dos 10 meses de idade. Umas nódoas negras muito grandes para um garoto que ainda não andava nem gatinhava", explicou Ana Catarina Fontes.
Depois de várias idas ao hospital e análises inconclusivas, Hugo foi reencaminhado para um centro de referência de hemofilia. Quando descobriu que tinha sido ela a portadora da doença, Catarina ficou revoltada.
"É um sentimento de culpa, sem culpa. Na altura do diagnóstico cai-nos tudo. Só conseguimos dizer: mas porquê?"
O testemunho de Catarina Fontes
Esta situação surgiu na família Fontes, mas poderia acontecer em qualquer família. De acordo com a Associação Portuguesa de Hemofilia, pelo menos 30% dos doentes não têm antecedentes familiares do distúrbio hemorrágico.
Depois de Catarina Fontes ter descoberto que era portadora do gene, a possibilidade de uma segunda gravidez passou a ser um assunto delicado.
"Não sei se teríamos o direito de ter um outro filho sabendo que existia probabilidade dele ser hemofílico ou, no caso de ser menina, será que teríamos o direito de a fazer passar por isso?".
Catarina arriscou, nasceu uma menina que não é hemofílica.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias